"A água pode existir sem os seres
humanos, mas nós só conseguimos sobreviver sem água por poucos dias.”
Esta simples frase revela toda a importância
e o que a água significa para nós. O seu valor não pode ser sobrestimado, é a
essência para toda a vida na terra, sendo ao mesmo tempo um dos elementos mais
importantes para todos os organismos.
O programa para ser levado a cabo são necessários vários recursos, nomeadamente logísticos (meio de transporte, equipamentos, materiais) e uma equipa multidisciplinar.
Nos últimos anos, a utilização de piscinas tem-se difundido cada vez mais. Estas tornaram-se locais não só de prática de desporto e de exercício físico, mas também de lazer e procura de saúde e bem-estar.
Aliado ao fato de estar generalizada a importância da atividade física como fator de bem-estar físico, mas também como promotor da saúde, tem-se a uma crescente utilização de piscinas, por indivíduos de todas as idades, desde bebés (idade inferior a um ano), a idosos (mais de 65 anos), podendo no entanto, constituir-se como fonte de riscos para a sua saúde.
Aliado ao fato de estar generalizada a importância da atividade física como fator de bem-estar físico, mas também como promotor da saúde, tem-se a uma crescente utilização de piscinas, por indivíduos de todas as idades, desde bebés (idade inferior a um ano), a idosos (mais de 65 anos), podendo no entanto, constituir-se como fonte de riscos para a sua saúde.
A
avaliação da qualidade da água em piscina reporta-se a dois tipos de análises,
microbiológica e físico-química. Na Análise Microbiológica avaliam-se os
seguintes parâmetros:
Quantificação de microorganismos cultiváveis a 37ºc
|
Bactérias coliformes
|
Escherichia coli
|
Enterococos intestinais
|
Peseudomonas aeruginosa
|
Total de estafilococos
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Estafilococos produtores de coagulase
|
Quadro 1- Parâmetros Microbiológicos
Na Análise Físico-Química avaliam-se os seguintes
parâmetros:
Turvação
|
Cloretos
|
Condutividade
eléctrica
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Oxidabilidade em
meio ácido
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Ácido isocianúrico
|
Carbono orgânico
|
Azoto amoniacal
|
Temperatura
|
PH
|
Cloro Residual
Livre
|
Cloro Residual
Combinado
|
Quadro 3 – Parâmetros físico-químicos
Apesar
da temperatura, pH, cloro residual livre e o cloro residual combinado serem
medidos “in loco” são parâmetros que
contribuem para a avaliação físico-química da água. Estes parâmetros são
importantes porque influenciam a qualidade da água, tendo em conta as
características individuais de cada um.
contaminação fecal, e uma superficial para detecção de bactérias patogénicas, que se acumulam no filme superficial da água, constituído por óleos e gorduras.
- O técnico que efectuar a colheita deve dirigir-se à zona do cais da piscina usando calçado apropriado.
- O local de colheita da amostra para a análise microbiológica deve ser junto ao rebordo interno e no ponto mais afastado da entrada da água na piscina.
Os procedimentos a seguir na colheita para análise microbiológica devem ser os seguintes:
Análise Microbiológica
- Técnica de Colheita à Superfície:
2. Destapar o frasco na proximidade da água, conservando a tampa virada para baixo, sem a pousar ou tocar no seu interior. Em caso de necessidade, colocar a tampa dentro da manga esterilizada ou caixa que envolve o frasco.
3. Mergulhar o frasco em posição inclinada e sem que a boca fique completamente submersa.
4. Deslocar o frasco para a frente até ao seu enchimento, de modo a captar a camada superficial. O frasco não deverá ficar completamente cheio.
5. Retirar o frasco, fechá-lo e identificá-lo.
6. Colocar o frasco em mala térmica e transportá-lo ao laboratório de imediato. O prazo máximo que medeia entre a colheita e o início da análise não pode ultrapassar as 6 horas. A
temperatura deve ser mantida a 5 ± 3ºC.
7. A entrega das amostras no laboratório deve ser feita pelo técnico responsável pela colheita.
- Técnica de Colheita em Profundidade
1. Calçar as luvas ou desinfetar as mãos.
2. Prender as cordas aos dispositivos da armação do frasco, mantendo este dentro da caixa de protecção, ou preparar outro tipo de equipamento, de acordo com as respectivas instruções.
3. Submergir o frasco à profundidade pretendida (cerca de meia altura da piscina).
4. Accionar a corda de abertura do frasco ou abrir a tampa do frasco de mergulho esterilizado.
5. Depois de cheio, fechar o frasco e retirá-lo.
6. Identificar o frasco e colocá-lo na caixa metálica.
7. Colocar a caixa metálica contendo o frasco na mala térmica e transportá-los ao laboratório de imediato. O prazo máximo que medeia entre a colheita e o início da análise não pode ultrapassar as 6 horas. A temperatura deve ser mantida a 5 ± 3ºC.
8. A entrega das amostras no laboratório deve ser feita pelo técnico responsável pela colheita.
- Técnica de colheita para Análise Físico-Química
Para a colheita de amostras para análise físico-química devem ser utilizados os frascos com volumetria e no número estipulado pelo laboratório.
- O local de colheita da amostra para a análise físico-química deve ser junto a uma das saídas de água.
Os procedimentos a seguir na colheita para análise físico-química devem ser os seguintes:
1. Calçar as luvas ou desinfetar as mãos.
2. Destapar o frasco na proximidade da água, conservando a tampa virada para baixo, sem a pousar no chão.
3. Mergulhar o frasco em posição vertical a uma profundidade de cerca de 20 cm, inclinando-o para encher.
4. Deslocar o frasco para a frente até ao seu enchimento. O frasco deverá ficar completamente cheio.
5. Retirar o frasco, fechá-lo e identificá-lo.
6. Colocar o frasco em mala térmica e transportá-lo ao laboratório de imediato. A temperatura deve ser mantida a 5 ± 3ºC.
7. A entrega das amostras no laboratório deve ser feita pelo técnico responsável pela colheita.
Avaliação da Qualidade da Água
- Apreciação Microbiológica
Os aspectos microbiológicos da qualidade da água são determinantes para a avaliação e
gestão do risco para a saúde ligado à utilização das piscinas.
As determinações físico-químicas são feitas com os seguintes objectivos:
- Avaliar a eficiência do tratamento da água.
- Avaliar os residuais de alguns produtos químicos potencialmente prejudiciais para a saúde humana.
É importante realçar também que compete ás
autoridades de saúde no âmbito da vigilância sanitária de piscinas, e ao
disposto no Decreto-Lei n.º 82/2009 de 2 de Abril, na nova redacção dada pelo Decreto-Lei nº 135/2013 de 4 de Outubro, “vigiar o nível sanitário dos
aglomerados populacionais, dos serviços, estabelecimentos e locais de
utilização pública e determinar as medidas correctivas necessárias à defesa da
saúde pública.”
De
acordo com a mesma directiva, a água dos tanques das piscinas, deve ser
filtrada e desinfectada, e possuir poder de desinfectante residual de modo a
que as suas características físico-químicas e bacteriológicas sejam devidamente
respeitadas, por forma a que não produza perigo para os seus utilizadores.
Para combater a contaminação da água, além de maiores exigências ao nível da higiene e cuidados pessoais dos frequentadores, a piscina tem de dispor de meios técnicos para a realizar o tratamento e desinfeção da água, assim como promover a higiene das superfícies. Da mesma forma tem que ser dada atenção aos sistemas de renovação do ar.
A floculação e a filtração são as principais barreiras contra microrganismos e substâncias químicas. A desinfeção é a segunda barreira para os microrganismos e é mais importante para as águas de fraca qualidade. O desinfetante usado tem de ser potente para remover o microrganismo indicador, a Pseudomonas aeruginosa, em 99,99% em 30 segundos e isto é normalmente alcançado com químicos à base de cloro.
Uma bactéria presente na água, denominada Pseudomonas aeruginosa, é capaz de produzir doenças na pele, segundo afirmam pesquisadores norte americanos que publicaram um estudo na revista Journal of the American Academy of Dermatology, em Outubro de 2007. A pesquisa foi estimulada pelo encontro da infecção bacteriana na pele de 33 crianças, que utilizaram a mesma piscina.
A floculação e a filtração são as principais barreiras contra microrganismos e substâncias químicas. A desinfeção é a segunda barreira para os microrganismos e é mais importante para as águas de fraca qualidade. O desinfetante usado tem de ser potente para remover o microrganismo indicador, a Pseudomonas aeruginosa, em 99,99% em 30 segundos e isto é normalmente alcançado com químicos à base de cloro.
Uma bactéria presente na água, denominada Pseudomonas aeruginosa, é capaz de produzir doenças na pele, segundo afirmam pesquisadores norte americanos que publicaram um estudo na revista Journal of the American Academy of Dermatology, em Outubro de 2007. A pesquisa foi estimulada pelo encontro da infecção bacteriana na pele de 33 crianças, que utilizaram a mesma piscina.
Para uma maior aprendizagem destes procedimentos de colheitas de água de piscinas, produzi um vídeo com algumas fotos de atividades que vou realizando no estágio neste âmbito.
Espero que gostem!
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